domingo, 29 de novembro de 2009

sábado, 28 de novembro de 2009

Multimulher ou tripla jornada?



Nesta campanha dos eletrodomésticos Mabe deste ano de 2009, mais um exemplo dos múltiplos papéis femininos. O slogan da campanha é “Mabe, a marca da multimulher”. Nos anúncios impressos e principalmente nos VTs, a campanha afirma que a mulher moderna deve desempenhar inúmeros papéis: mãe, chef de cozinha (não uma simples cozinheira), profissional de sucesso e ainda manter a ordem e a limpeza da casa. A atriz Malu Mader é a garota propaganda e aparece em poses e figurinos diferentes, de acordo com o papel que ela desempenha no momento.
Percebemos que o papel da mulher em casa alterou sim, ao longo dos anos. Ela não é mais estritamente dona-de-casa, e sim passou a acumular funções.

indicação de leitura: Mística Feminina

O livro A Mística Feminina, Betty
Friedan (1963) põe em debate a angústia e a insatisfação constante vivenciada pelas mulheres das décadas de 40 e 50 do século passado, seria um “mal sem nome”.
O livro foi resultado de anos de pesquisa da autora, que entrevistou diversas mulheres que seguiam os preceitos impostos em suas épocas, e que sempre reclamavam desse descontentamento. Princípios que impunham as atividades estritamente ligadas à atuação da mulher em casa, como limpeza do lar, educação dos filhos e satisfação do marido.
Friedan determinou que esse “mal sem nome” era causado por uma crise de identidade da mulher, desenvolvida por uma educação que não estimulava a personalidade feminina. Ela o denominou como “mística feminina”.
Para a autora, a mistificação da mulher iniciou pós a crise de 1929 e da Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, a educação da mulher era voltada para a satisfação e bem estar de seu marido e de sua família. Dessa forma, a mulher, desde criança, não era educada a se tornar independente, e sim a desenvolver as habilidades necessárias para ser uma “esposa ideal”. Para tais mulheres o exercício de uma profissão equivalia à perda de sua feminilidade
Friedan percebeu que ao longo dos anos a mulher se sentia frustrada por vetar suas próprias vontades em prol das de seus familiares, e acabava por desenvolver distúrbios psicológicos, como depressão. Ao mesmo tempo, a sociedade e a mídia também buscavam absorver dessa mulher sua passividade, não se importando em mantê-la sem identidade e com seus distúrbios psíquicos. De acordo com a autora, essa insatisfação feminina de certa forma era interessante para o mercado, pois uma das saídas da mulher para a busca de um contentamento vinha através do consumismo.
O consumismo feminino até hoje é abordado em anúncios publicitários. Quantos não são as peças publicitárias que vendem o serviço dos shoppings centers, e que trazem a mulher como foco da peça e como público alvo?
No último capítulo de sua obra Betty Friedan considera que o que poderia por fim à referida “mística” seria um empreendimento de esforços mútuos de toda a sociedade em volta da mulher, principalmente da mídia, a fim de impedir que as jovens desejassem apenas serem donas de casa.
Realmente, o desejo de ser dona de casa não é predominante entre as jovens do século XXI. No entanto, a forma como a mulher é tratada na mídia, e a pressão feita para que ela consiga com sucesso realizar as tarefas de casa somada as que ela deseja é enorme, e atualmente, essa questão está presente em diversos anúncios.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

garotas propaganda década de 40






ainda somos donas de casa

campanha Vanish 2009




campanha "neura da limpeza" Veja 2008



quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Documentário Killing US Softly

O trabalho pioneiro Kilbourne ajudou a desenvolver e popularizar o estudo da representação de gênero na publicidade. Registrado em Killing Us Softly (1999) anúncios que influenciaram milhões de estudantes universitários e do ensino médio entre duas gerações e em escala internacional. Neste filme novo e importante, Kilbourne reflete se e a imagem da mulher na publicidade mudou ao longo dos últimos 20 anos. Com humor e simpatia, Kilbourne utiliza mais de 160 anúncios e comerciais de TV para a imagem de publicidade crítica das mulheres. Ao fomentar o diálogo criativo e produtivo, ela convida os espectadores a olhar para imagens familiares de uma maneira nova, que se move e habilita-los a agir.







50 anos da boneca Barbie!







terça-feira, 24 de novembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

sejam bem vindos!

"Relaxa, é só uma propaganda”

Não é apenas uma propaganda. A imagem feminina construída e divulgada pelos mais diversos meios de comunicação mostra o que se espera das mulheres: beleza, futilidade, submissão.

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Garota Propaganda é um projeto desenvolvido por três alunas do curso de Comunicação Social da UFMG. A proposta é a elaboração de uma campanha que, através do exagero no uso de estereótipos, alerte a população para os papéis destinados à mulher na publicidade.

Foram realizados 10 ensaios com a boneca Barbie, referência do estereótipo feminino, impressos em postais como este. Os textos são fundamentados em anúncios que circulam normalmente, vendendo produtos reais, desde graxa de pneu, passando por jornais, cervejas, produtos de beleza e produtos domésticos.

O objetivo do trabalho é a conscientização e a crítica da imagem que a mídia, principalmente a publicidade, oferece para o feminino. Gostaríamos de mostrar que estamos tão acostumados - e acostumadas - a ver esse tipo de tratamento que nem notamos o quanto ele é absurdo e ofensivo.



Garota Propaganda é:

Realização:

Danielle Torrico

Débora Carvalho

Nathália Mendes


Orientação:

Laura Guimarães


Co-orientação:

Patrícia Azevedo



Universidade Federal de Minas Gerais

Comunicação Social